terça-feira, 15 de novembro de 2016

Vinda da Família Real – Questões dissertativas-1


Q1) Explique o que era o Bloqueio Continental.

Resp.
Foi uma medida imposta por Napoleão Bonaparte a todas as nações que integravam a Europa Continental. Pelo decreto, nenhuma nação européia deveria firmar relações comerciais com a Inglaterra, maior potência industrial existente naquela época. Os países que contrariassem tal medida seriam militarmente invadidos pelas tropas de Napoleão Bonaparte.



Q2) Qual era o objetivo do Bloqueio Continental decretado por Napoleão?

Resp. 
O principal objetivo do Bloqueio Continental era isolamento econômico da Inglaterra, portanto, visava arruinar a economia britânica.   Os países que contrariassem tal medida seriam militarmente invadidos pelas tropas de Napoleão Bonaparte.



Q3) Portugal tinha condições de cumprir as exigências francesas impostas pelo Bloqueio Continental? Justifique a sua resposta.

Resp.
Não. Desde muito tempo, a economia portuguesa desenvolvia uma relação de extrema dependência em relação ao consumo das mercadorias provenientes da Inglaterra. Com isso, Portugal acabou descumprindo as exigências impostas pelo Bloqueio Continental e, assim, foi invadido pelas tropas do imperador Napoleão Bonaparte.



Q4) Mediante a ameaça de invasão francesa, qual acordo foi estabelecido entre ingleses e portugueses?

Resp:
Com a chegada dos franceses a Península Ibérica, os ingleses ofereceram ao governo de Portugal um plano de transferência da corte para terras brasileiras. Segundo os britânicos, tal medida evitaria a invasão da França às colônias de Portugal que eram, na época, a mais importante fonte de riqueza do governo lusitano. Além disso, os ingleses prometeram escoltar a Família Real Portuguesa até o Brasil e lutar contra a vindoura presença napoleônica no país.



Q5) Exponha duas ações tomadas por Dom João VI assim que chegou a terras brasileiras.

Resp:
Ao desembarcar no Brasil. Dom João VI estabeleceu a liberação dos portos brasileiros para outras nações estrangeiras. Além disso, desapropriou uma série de propriedades no Rio de Janeiro que serviriam para o abrigo dos membros da corte e da Família Real de Portugal.



Q6) Leia texto a seguir e responda:
 “... quando o príncipe regente português, D. João, chegou de malas e bagagens para residir no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarnação do rei (...) que aqui desembarcava. D. João não precisou, porém, caminhar muito para alojar-se. Logo em frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vice-Reis”. (Lilia Schwarcz. As Barbas do Imperador.)

O que significou, resumidamente, a chegada de D. João VI ao Rio de Janeiro?

Resp. 
Com a transferência do governo português, o Brasil deixava de ocupar a simples posição de colônia do império lusitano para então se transformar em centro das mais importantes decisões políticas do governo de Portugal.  Resumidamente, houve uma inversão da relação entre metrópole e colônia. 



Q7) (UNICAMP 2009) Sobre a transferência da Corte de D. João VI para o Brasil, o historiador Kenneth Maxwell afirma: Novas instituições foram criadas pela coroa portuguesa, e a maioria delas foi estabelecida no Rio de Janeiro, que, assim, assumiu um papel centralizador dentro de uma América portuguesa que antes era muito fragmentada no sentido administrativo. Houve resistência a isso, principalmente em Pernambuco, em 1817. Mas, no final, o poder central foi mantido. (Adaptado de Kenneth Maxwell, “Para Maxwell, país não permite leituras convencionais”. Entrevista concedida a Marcos Strecker. Folha de São Paulo, 25/11/2007, Mais, p. 5.)

a) Segundo o texto, QUAIS as mudanças suscitadas pela transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808?

Resp-a) 
O estabelecimento da Corte Lusitana no Brasil, a partir de 1808, exigiu a criação de órgãos político-administrativos, como ministérios, a imprensa oficial, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda e outros. Esse processo representou a constituição de um aparelho de Estado central que assumiu relevante papel na independência concretizada em 1822.

b) EXPLIQUE os objetivos do movimento de Pernambuco em 1817.

Resp-b) 
A chamada Revolução Pernambucana de 1817 levantou os setores liberais mais radicais, entre civis e militares, com o intuito de romper o domínio colonial português e estabelecer uma república federativa no país segundo o modelo norte-americano de Estado livre vigente desde 1776.



Q8) (PUC-RJ) "O Rio de Janeiro é a capital do Brasil há bastante tempo, muito antes de a família real deixar Lisboa. Traçarei uma breve descrição dessa cidade a partir do que pude apurar durante a minha estada. [...] O comércio [...] progrediu muito depois que a cidade tornou-se residência real [...] Os ingleses têm aberto muitos cafés no Rio de Janeiro, uma novidade, que tenho certeza, será bem acolhida. De fato, desde março de 1808, toda a cidade vem passando por transformações e recebendo melhorias.
Conde Thomas O Neill, 1809. Apud Jean Marcel Carvalho França. "Outras visões do Rio de Janeiro Colonial - Antologia de Textos". Rio de Janeiro, José Olympio, 2000. Pp: 310-320.

A descrição do inglês Thomas O Neill destaca algumas das transformações ocorridas desde a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro no ano de 1808.

a) Explique por que, a partir da abertura dos portos (1808), ocorreu a preponderância dos ingleses nas transações comerciais com o Brasil.

Resp.
a) Ao decretar a abertura dos portos brasileiros às “nações amigas” em 1808 D. João VI estava beneficiando, sobretudo, a Inglaterra, então, em plena Revolução Industrial, e o principal país que mantinha relações amigáveis com Portugal. A partir dessa data, os produtos manufaturados ingleses começaram a entrar no Brasil, sendo que a ampliação do controle do mercado colonial seria conseguida, anos mais tarde, com a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação em fevereiro de 1810. Esse Tratado garantia à Inglaterra a taxação privilegiada de 15% de impostos sobre os seus produtos vendidos no Brasil, enquanto que as mercadorias portuguesas pagariam 16% e as dos demais países, 24%.

b) Cite duas transformações culturais ocorridas na cidade do Rio de Janeiro durante o Período Joanino (1808-1821). resposta: 

Resp.
b) Durante a permanência da corte joanina no Brasil (1808-1821) o Rio de Janeiro passou por uma série de transformações culturais dentre as quais podemos citar:
- A criação do Jardim Botânico;
- A escola de medicina do Rio de Janeiro;
- O Teatro Real;
- A Imprensa Real;
- A Academia Real de Belas Artes,
- A Biblioteca Real.




Q9) (UNESP) Em março de 1808, a corte portuguesa desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, que se tornou a capital do império português.

a) Por que a família real teve que abandonar Portugal?
b) Cite duas conseqüências, de ordem cultural, decorrentes da presença dos Bragança no Rio de Janeiro.

Respostas:
a) A vinda da família real ocorreu a partir do contexto internacional com a invasão das tropas napoleônicas a Portugal. Para não se submeter aos invasores franceses, a Corte foi transferida para o Brasil.

b) você afirmar que, estando no Brasil, a Coroa portuguesa efetivou uma série de transformações culturais que foram desde a instalação da Imprensa Régia, a fundação de cursos superiores de Medicina e de escolas de formação de oficiais militares, a criação do Jardim Botânico e da Biblioteca Real, e a vinda da missão artística francesa, a partir de 1816, dentre outras



Q10) Justifique porque a transferência da corte portuguesa para o Brasil conferiu à nossa independência política uma característica singular em relação a outras colônias espanholas.

Resposta: 
Chegando ao Brasil, a Corte se instalou no Rio de Janeiro, criou órgãos político-administrativos, como ministérios, a imprensa oficial, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda e outros. Peça por peça, o Estado português renasceu no Brasil. A transferência da Corte portuguesa para o Brasil deu à nossa independência política uma característica muito diferente, sem lutas sangrentas; enquanto que na América espanhola obteve a independência por meio de lutas quase sempre com lutas sangrentas. Esta estrutura político-administrativa permitiu a ruptura colonial (emancipação) sem grandes convulsões sociais e, também, preservando a unidade territorial.  E toda a estrutura administrativa foi mantida após a proclamação da Independência do Brasil.

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